sábado, 20 de fevereiro de 2010

Loucura nostálgica

Como é perfeita esta prisão que me acolhe, como são divinas as suas densas paredes cimentadas, como é encantador este fedor a sacrifício… Como é quente esta chama, já quase extinta, do meu olhar.
Esta agonia, este girar de contradições… E que doce é a demência!
Atira-me a venda, empurra-me por um assustador corredor, acorrenta-me, murmura-me vocábulos recheados de veneno… Chicoteia-me de esperanças, venda-me mais uma vez! Obriga o meu corpo a provar o sabor dos teus lábios, do teu calmo inferno!
Venda-me mais uma vez e seguir-te-ei na minha morte na vida.

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